Inveja da Caneta e do Papel (FRAGMENTO)

Hoje acordei com vontade de escrever tudo aquilo que quando tive chance não tive coragem de dizer, não que dessa vez você fosse ler, acho até que nem precisa mais, era só pra escrever mesmo, deixa guardado em um outro lugar que só meu meu coração, dividir com a caneta e o papel que me fere por dentro a tanto tempo.
Mas não sei como começar, pego a caneta e o papel, mas nada, as palavras não querem sair tão fáceis assim, é como se ainda estivesse na sua frente, o mesmo sentimento…

Saí, tô aqui fora sentando num banco de praça, tentando aliviar os pensamentos, é estranho, ver tudo aqui do mesmo jeito, parece que o tempo não mudou em nada o que vejo a minha volta, as folhas ainda caem do mesmo jeito, a mancha no chão que eu tanto ficava admirando ainda continua lá quando faltava assunto, a pintura descascando, tudo igual, e por um detalhe tudo tão diferente, eu sei eu falei que estava igual, mas, deixa pra lá, melhor eu voltar…

O dia passou, a caneta e o papel ainda esperam lá pacientes, até eles tem algo pra completa-los, estranho sentir inveja de objetos inanimados, que raiva que dá, vontade de jogar tudo no chão, mas não, deixa eles lá, não é porque estou assim que vou estragar a “vida” deles…
A cama tá tão longe, vou ficar deitado no tapete mesmo…

Nossa! Nem lembrava daquela mancha ali no teto a quanto tempo ela tá ali?, tenho que me lembrar de dá um jeito nela depois…

Deixe um comentário